A punção intra-óssea é um procedimento emergencial para administrar medicamentos e fluídos, quando o acesso venoso tradicional não for possível.
Dessa forma, a função é a introdução de uma agulha na cavidade da medula óssea, possibilitando assim o acesso direto na cavidade muscular.
Mas quem pode fazer esse procedimento? Quais os locais adequados? Essa e outras dúvidas vamos falar um pouco mais nesse texto para que você entenda melhor sobre o procedimento.
Normalmente esse procedimento é realizado por médicos ou enfermeiros capacitados para esse tipo de trabalho. É muito importante contar com profissional adequado, que esteja ambientado e familiarizado com toda a anatomia do osso e quais são os procedimentos adequados. Isso evita o risco de maiores complicações no momento e no futuro da saúde do paciente.
O local mais frequentemente utilizado em crianças é na face interna da tíbia, além do fêmur, úmero e calcâneo. Trata-se de uma área coberta pela pele, com pouco tecido subcutâneo e periósteo. Para ficar mais claro, logo acima do joelho, na parte inferior do fêmur, é o local onde é comumente feito o procedimento em crianças e também em lactantes.
Já no caso de adultos, a punção intra-óssea é realizada normalmente na parte superior da tíbia, abaixo do joelho. O menor risco de complicações aliado com a facilidade de acesso fazem esses serem os melhores locais e sempre escolhidos para esse tipo de procedimento.
De forma prática, uma agulha especial é inserida na pele e no osso, chegando até a medula óssea. A partir do momento que a agulha já está no lugar, é possível fazer a coleta de amostras de medula óssea, bem como liberar fluídos ou medicamentos que são necessários para a saúde e bem-estar do paciente. Um procedimento simples e rápido, mas muito eficaz.
Depois de realizado, a agulha é removida e o local da punção intra-óssea costuma ser coberto por um curativo por alguns dias.
Se há uma fratura no local da punção intra-óssea, talvez seja esta a principal contraindicação para a não realização do procedimento. Pois assim evita qualquer complicação possível da inserção da agulha.
Também no caso de celulite no local da punção, lesão inferior ou tentativas anteriores no mesmo local são questões que podem impedir que o procedimento seja realizado naquele momento para evitar qualquer tipo de problema.
O profissional que irá realizar o procedimento deve sempre avaliar cada caso individualmente para que seja possível entender a possibilidade da realização da punção intra-óssea.
Caso não seja possível, nem a realização desse procedimento, por não ser apropriado, é importante avaliar a administração de medicamentos de outras formas. Algumas opções seriam o acesso intravenoso periférico, acesso intra-arterial ou acesso central.
O intuito desse texto é ser informativo sobre um assunto que costuma gerar dúvidas e questionamentos. Como falamos, a punção intra-óssea é um procedimento de emergência, que deve ser utilizado apenas com o objetivo de ter um acesso mais rápido ou quando por via oral ou intravenosa, pela veia, é difícil de administrar os fluidos ou medicamentos.
Trata-se de um procedimento capaz de acelerar a cura e salvar vidas, desde que feito de forma adequada e por profissionais especializados na área. Converse sempre com seu médico e se mantenha informado sobre essa possibilidade.
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